O bom da vida é que quase tudo muda. E mudou. De um dia pro outro. Como se alguém lá de cima ouvisse o eterno "não agüento mais" e te desse de presente: olha, toma aí... E o presente tinha nome. Tinha endereço. Tinha um cabelo bagunçado e uns olhos que putaquepariu! Que olhos eram aqueles? Ah, me matem. Eu não acreditava que fosse cair no conto dos olhos outra vez. Mas caí. E me desafiei: tudo fruto da minha imaginação, esse cara não tem nada a ver comigo, eu adoro inventar amores, vamos lá, vamos provar que é tudo ilusão. E fui. Confiante. Foi aí que ele sorriu. E o cabelo dele balançou e eu fiquei sem saber se estava no céu ou no inferno, se teriam passados séculos ou minutos. DROGA! Lá estava eu: muda, paralisada. Essa é a palavra: eu estava paralisada. Pálida. Eu, no meu pior momento. E ele falou: oi. Ele disse oi e eu quis morrer porque ninguém diz oi e faz ninguém morrer daquele jeito. Ele era lindo, tinha um nome lindo, um jeito de olhar lindo. Quando você acha que "isso nunca mais vai acontecer", SURPRESA! Você se vê com 15 anos de idade, com aquele uniforme ridículo, na hora que o menino mais bonito do colégio vai te dar um beijo. Você percebe que cresceu, mudou, aprendeu, tropeçou, se ferrou, mas que até hoje acredita em príncipes. Mesmo que sejam de bicicleta.
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Ouvindo: Paralamas do Sucesso - Seja você.
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